Será que um dia vou amar de novo?
Será que um dia amei de verdade?
O amor — taça gloriosa, inalcançável.
Minhas mãos, frágeis e trêmulas,
não suportam o peso da tua glória.
Foste feito para os amantes que vencem.
Do meu assento silencioso,
os ecos das vitórias alheias
ressoam como lamentos —
adagas finas que ferem
um coração à margem,
sempre na espera.
O amor não é pra mim.
Sou só uma perdedora —
com as mãos vazias
e o coração exausto de esperar.