Apagou-se o sol que em mim vivia,
E um buraco negro ali surgiu.
Ainda sinto a ferida que irradia,
A dor que a escuridão me infligiu.
Sugador de versos, de esperança,
O buraco negro minha poesia levou.
O coração em eterna mudança,
E o astronauta, sem rumo, naufragou.
Pelo espaço, imenso e sem fronteiras,
Perdido em sua própria solidão,
Vaga o astronauta, entre estrelas fúnebres.