Dor não é aquilo que somente machuca,
ou aquilo que se fere,
é a marca que não se desfaz,
é o golpe que não se desfere.
Por isto, o luto é como a dor,
que nunca vai embora,
é como a chama de um ardor,
que queima até quando se chora.
A dor da perda de uma mãe,
que corrói o âmago de sua alma,
a dor da morte de um filho,
que só traz lamúria e que nunca acalma.
A morte não é um capítulo da vida, ou só um evento,
é o fim de inúmeras experiências vividas,
e o início da vontade de lembrar de todos os momentos,
momentos e lembranças de uma vida sofrida,
e que se tornou assim por causa da infelicidade,
trazida por uma coisa amarga e desmedida,
que torna todo ser fraco, carregado de vulnerabilidade.