Centelhas que se desvaecem em um céu soturno.
Melodias longínquas que me trazem uma sensação de paz.
Neblina turva.
Céu invisível.
Sentimentos todos preenchidos.
Vazio cheio.
Óh, centelhas de pequenas alegrias,
por que fogem de mim ao amanhecer do dia,
e, nos sonhos noturnos, me agradam com epifanias tão lindas e
metafóricas de um mundo melhor e mais justo?
Óh, centelhas da noite soturna.
Óh, lua que me fez companhia enquanto escrevia tais versos,
enquanto derramava no papel o meu avesso.
Mas, ao acordar, dobrar minha coberta e ajustar o travesseiro,
todos os sonhos ficaram ali.
Cadê tu, centelha da vida?
Cadê tu, centelha da alegria que me preenche de noite e me deixa de
dia?