O sentir é silêncio profundo,
não grita, não sussurra,
esconde-se nas sombras do mundo,
mudo como um rato na penumbra.
Nunca se ouve, jamais se escuta,
não se sabe se pulsa ou se assenta.
É presença que não se anuncia,
é ausência que nunca se ausenta.
Mas a dor, ah, essa é gritada,
eco selvagem em carne rasgada,
rompe o ar com sua garganta,
enquanto nos tímpanos se espanta.