Chamado à Tartaruga
No mar de minhas águas,
Às vezes, calmas,
Às vezes, intensas,
Convido a tartaruga, sua presença!
Tu que és a própria Terra,
Adentre em meu mar,
Na dimensão dos sonhos
Eu quero lhe encontrar.
Nos calmos passos
De seu andar,
Por entre as minhas emoções,
Eu quero caminhar.
Na serenidade de seu olhar,
Conduza o meu sentir,
Para que a pressa não impeça
O florescer que está por vir.
E quando as ondas se elevam,
Em sua carapaça eu quero entrar,
Na firmeza de sua terra,
Protegida, eu posso atravessar.
Acalmo as minhas ondas,
Sinto as espumas do mar,
Tranquilo e sereno,
Vejo a tartaruga passar.
Sabedoria Ancestral
Da Mãe-Terra, que aqui está,
Com a sua paz e persistência,
Continuo a navegar.
Cecília Médice