De homem da minha vida, viraste silêncio,
E eu me tornei ninguém na tua história.
Ainda lembro como as pessoas sorriam,
Só de ver o brilho nos meus olhos quando falava de você.
Era “meu benzinho pra cá”, “meu benzinho pra lá”…
Hoje, só resta um eco…
Um nome que me destrói por dentro
Toda vez que tento pronunciá-lo.
Dói.
Mas não é uma dor qualquer.
É uma dor com nome, rosto e cheiro.
A dor de um amor que sonhou com altar,
Mas que ficou engavetado entre promessas
Que nunca serão lidas.
É a dor de um voto pronto…
Um voto que escrevi com cada parte viva de mim,
E que hoje jaz fechado,
Sem testemunhas, sem cerimônia, sem nós.
Ainda sonho com um futuro que não existe mais.
Acordo tremendo, chorando…
Como se meu coração implorasse
Para voltar a um lugar onde já não cabemos.
Mesmo assim…
Mesmo com essa falta que me rasga dia após dia,
Mesmo com essa luz que você apagou sem olhar para trás,
Mesmo com essa sensação de abandono no peito,
Eu não desejo que você sinta isso.
Porque, apesar de tudo,
Apesar do vazio que você me deixou como herança,
Eu te amo.
Te amo tanto… tanto…
Que não suportaria te imaginar sofrendo
Como eu estou.
Aqui onde estou, tudo escureceu.
E mesmo assim, no meio dessa dor sem nome,
Eu só peço que você esteja bem.
Porque amar, no fim das contas,
É desejar que o outro sorria,
Mesmo que esse sorriso nunca mais seja para mim.