A luz da lua entra pela janela,
desenhando teu corpo nas sombras.
Eu admiro cada detalhe,
querendo me perder nesse instante.
Teu cabelo, um desalinho arroxeado,
leve, solto, arrepiado...
Mas nada disso importa.
A cortina dança ao vento lá fora,
teu peito encontra o meu,
tua boca se funde à minha,
e cada suspiro vibra no ar.
Depois disso, tudo vira nada.
Depois disso, tudo se desalinha,
e o nada, que me desespera,
vem tomar tudo o que eu tinha.