E se o vento não dançasse com as folhas,
seriam as árvores estátuas sem vida?
E se o sol não despertasse as manhãs,
dormiria o mundo em eterna partida?
E se a lagarta não mordesse a folha,
seria borboleta ou pó na jornada?
E se o rio não enfrentasse as pedras,
chegaria ao mar sem ser represada?
E se o amor nunca doesse a alma,
saberíamos curar com o perdão?
E se o erro não cruzasse o caminho,
onde aprenderíamos a lição?
E se a noite não trouxesse o escuro,
entenderíamos a luz do dia?
E se o “não” nunca fosse ouvido,
teríamos força para buscar a alegria?
Na trama de \"e ses\" que a vida tece,
há dores que moldam, há curvas que ensinam.
Pois mesmo no acaso, o destino acontece,
e cada tropeço nos faz mais vivos.