Mauricio Poeta

Minh\'Arvore Saudade

 

Adeus minha mocidade, da casinha 
Soalheira,
Do quintalzinho amigo, dessa minha
tenra idade,
Da água pura da biquínha, tão clarinha
de verdade,
Do pé de jaboticaba, da pitanga e da mangueira.


Vou tecendo um retrato nos versos deste poema,
E neste verso retrato papai, mamãe, minha gente,
O tempo levou distante esse tempo de repente, 
A carteira de estudante e o mocinho do cinema.

Hoje na maturidade meu pensar às vezes voa,
No verde da minha infância longe lá donde nasci,
Lá no querido recanto, donde a vida era tão boa!

Vejo a árvore singela, bela, tal e qual  realidade, 
Os frutos são das lembranças a surgir pela janela, 
Com fosse uma aquarela, numa tela, Oh! minh\'arvore saudade!!!