Falta pouco, tão pouco, suspiro aflito,
O tempo aperta, num grito bendito.
Chora, chora! Que o pranto é castigo,
E o pouco que resta é meu único abrigo.
Partindo, tremo. O que deixo aqui?
Fragmentos de dor, desamor, perdi.
Tudo ecoa num vazio sangrento,
Suspiros cortantes, um último alento.
Falta pouco! Ouço o vento a clamar,
Gélido, sombrio, vem me carregar.
É o fim ou começo? Não sei discernir,
Só sei que falta pouco... para eu partir...