Queria ter a vida daquele pássaro —
Que apenas cantarola lá fora —
Não se preocupa com as horas —
Apenas voa e canta sob os céus e o vento —
Casando com a brisa — repousando sua idade em pequenas folhas verdes — É livre para ficar e livre para voar — Vejo ele todo dia pela janela, no mesmo galho, no mesmo lugar —
Eu penso — Ele está ali, cantando a mesma música para mim — E eu estou aqui — Presa na gaiola, presa na vida —
Eu abro a janela o convidando para entrar no — mas ele não entra — Plausível, quem gostaria de se auto aprisionar? — Vejo ele então seguir seu caminho, o de sempre, liberdade, um grito.