As ruas continuam sujas,
e eu já nem ligo mais.
Briga e tristeza se escondem atrás da porta,
bebendo um vinho velho que já não faz falta.
Teto escuro, tudo preto — fazer música é igual droga.
Neblina no Norte do Brasil; queimada na Amazônia.
Porto Velho, versão Silent Hill.
No vício, sinto o arrepio:
o palhaço chora, o cachorro ri.
Um livro se manifesta em sonho — eu só sigo.
A realidade me cumprimenta dançando um tango.
A mente me deu uma ideia: tudo é odisseia.
Liricamente, joguei sangue pra plateia