Melancolia...

4 de janeiro, às 20h.

o tempo parou
no meio da noite,
com o sol escondido a tempo
num silêncio amarelo e dolorido.

 

não houve grito,
nem despedida —ah, a despedida!
só o som de uma lágrima
ficando no vazio.

 

era 20h
quando senti que algo
dentro de mim
não voltaria nunca.

 

e ninguém viu,
ninguém soube,
mas naquele minuto
me matou por dentro.

 

porque às vezes
é só isso que acontece:
um dia qualquer
muda o percurso da dor
e chega sem avisar, apenas se apaga.

10 maio 2025 (11:26)