Toquei teu corpo como se fosse meu destino,
como se a vida inteira eu tivesse esperado por ti.
Tua pele, febre.
Tua boca, veneno doce.
Teu olhar, chamas que queimam em meu espírito.
Tu te entregou...
inteira.
Com sede, com fome, com raiva,
com uma vontade que morde o mundo.
E eu?
Eu fui lobo solto no teu cio,
fui tempestade que só você soube domar.
Cada gemido teu era verso,
cada unha cravada, uma assinatura no meu peito.
Depois, o banho.
Te lavei como quem cuida de um milagre.
Entre espuma e suor, te beijei
como se minha boca fosse a última coisa boa do planeta.
Teu cheiro me gruda na carne,
tua ausência me lateja no peito.
É proibido.
Mas é mais real que qualquer amor permitido.
Se amar você é cair,
então eu pulo de olhos fechados,
com o peito aberto e a carne viva,
porque te desejo como um homem deseja a própria liberdade:
com fúria, com ternura, com vontade!
Por: Freddie Seixas