Viver é uma aventura para a qual não fomos previamente preparados. Todo ser humano anseia por acertar, por ser feliz, mas volta e meia deparamo-nos com nossos erros, com os equívocos que cometemos nessa trajetória. Muitas vezes, surgem o medo e a vontade de desistir — frutos das feridas e das desilusões sofridas ao longo do tempo. Mas como aprender, se não estivermos dispostos a nos arriscar?

Os erros não são, de fato, nossos objetivos, mas, sem dúvidas, são eles os maiores professores ao longo da jornada. Precisamos ter a humildade de reconhecer que não sabemos todas as respostas e que, à medida que nos arriscamos a fazer nossas próprias escolhas, podemos tanto errar quanto acertar. Mas só há uma forma de descobrir: tentando. É bem verdade que, ao longo do caminho, precisamos ter responsabilidade emocional com aqueles com quem escolhemos nos relacionar. Isso, no entanto, não garante que os outros tenham por nós a mesma consideração, mas nos trará o alívio de uma consciência tranquila.

Reconhecer que somos uma obra inacabada, passando por constantes reformas, é o nosso maior desafio. E, como em toda construção, às vezes lidar com os entulhos é inevitável. Mas isso não é indício de que precisamos embargar a obra. É apenas um sinal de que é necessário parar, descartar o que não serve mais e focar no objetivo final — continuando, assim, o trabalho da construção.