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Andre Martins de Moura

Um leão faminto

 

Em uma noite qualquer
Dividindo uma garrafa de mágoas
Petiscando as nossas dores
Fumando as ilusões passadas
Dois filósofos amadores
Chamando de amigo a pessoa amada

 

Perdendo tempo com meias palavras
Mãos suadas e respiração acelerada
Olhando a boca e querendo beijá-la
Tanta energia para nada
Na cama seria muito melhor aproveitada

 

Um se sem sentido
E o nosso tempo perdido
E essa mania de esperar o cupido
Com o arco e a flecha nas mãos
E um coração pedindo

 

Somos alvos fáceis
Se fazendo de desentendidos
A presa esperando o ataque
E um leão faminto