Eu sinto tua falta, mas em mim, silêncio,
Mas chamo não a ti, mas a sombra que se foi.
Rompo o passado com violência,
Como espelhos que perdem seu fio.
A chuva apaga os nomes,
Que estavam escritos no sonho fugaz.
Memória um véu úmido,
Os ventos batem contra o vidro da paz.
Tu como cheiro, insuportável,
Tu como sombra, não me deixas dormir.
Fechei atrás de mim o véu do inverno,
A porta, onde a chave é o broto a existir.
Tu partiste e teu suspiro se foi.
Estou sozinha nem aqui, nem agora.
Memória meu sofrimento, que dói,
A promessa sólida do rio congelado.