Austin Pascoal

Lembranças Amargas

Cada pensamento meu ecoa com a marca do teu nome, ter-te perto e desfrutar da tua presença para mim é o desejo mais nobre, o meu coração bate forte cada vez que enxergo a beleza do teu bom porte, é tão forte o que tenho dentro de mim que penso ser uma síndrome que acarreta o teu nome.

 

Quem dera não te ter visto, quem dera não te ter conhecido, assim, não experimentaria algo pior que a morte, não estaria apoquentado por estares ali enquanto aqui o meu coração sofre, tê-la em meus braços far-me-ia mais sortudo que a própria sorte, traria a felicidade em todos os dias da minha vida até  que eu encontrasse a morte, contigo, não precisaria de paz, pois teria toda calma dos montes do norte.

 

Mas, assim como não é possível ter a lua sem noite, nem tudo nesta historia é um pomar de flores, afinal, te tenho na minha cabeça e não na real das hipóteses, te cobiço pelo olhar enquanto o meu corpo almeja o teu toque, me contento nas tuas poucas letras porque mais do que isso deixaria de ser pobre, condenado pelo teu silêncio, até de ouvir a tua voz o destino privou-me.

 

Só de te ver, aprendi que o teu amor rico não é para este homem pobre; só de te ver, aprendi que os meus dedos não terão o apanágio de acariciar cada parte macia do teu bom porte; só de te ver, aprendi com lágrimas o que é querer amar quando deveria manter o coração longe, portanto, deleitar-me-ei na presença da fiel companheira de quem nunca foge, desterrarei as tuas memórias no vento do Norte para enterrá-las no oceano da morte.

 

E assim, o antídoto do tempo sarará as feridas de amor de um homem que nunca teve sorte, a sorte de ter a mulher do reino dos nobres.