Raquel Ordones

Não sei o seu nome

Tinha um passarinho lá no coqueiro.

Seresteiro em cantiga matinal.

Uau! Cantava p\'ro quarteirão inteiro.

Certeiro nas cifras, um recital.

 

Natural; encanto da natureza;

Beleza era pasmosa, angelical.

Qual o seu nome? Só uma certeza.

A certeza que não era um pica-pau.

 

Sem igual: seu saltito de leveza;

Sutileza; assoviado sarau.

Mal sabia que cairia a tristeza.

 

da fortaleza do caule: o final;

O pau decompôs sem qualquer defesa.

À francesa partiu: e isso foi brutal.

 

Raquel Ordones #ordonismo #raqueleie