Correndo,
atirando flechas no escuro,
destruo, procuro ,
acertando inocentes,
saciando o indecente...
Derrubando muros,
gritando, na força física,
aos chutes e murros...
carregando o peso, o entulho,
que sangra a pele,
pra todo futuro...
e escorre enquanto fere,
dizendo \"continue, corra\".
Correndo, evitando o desvio,
em insanos devaneios,
de alguém que fugiu,
rompeu bloqueios,
e sadicamente...
tentou falar de amor.
Sem parar, sem chorar,
nem esconder...
apenas cauterizando feridas,
das dores homicídas,
que me obrigam a escolher...
\"não ame mais.\"