Na pena, plana a mente preguiçosa,
Que rabisca o mundo sem paixão,
Escreve à toa, em prosa duvidosa,
Sem alma, sem pulso, sem intenção.
Não busca o verbo, nem a coerência,
Ri do estudo, da arte e do saber,
Prefere a sombra fria da indolência
Ao fogo que faz o texto florescer.
Mas quem escreve assim, sem ter respeito,
Revela mais de si do que imagina:
A ignorância veste o próprio peito,
E a literatura vira ruína.