Carlos Lucena

RESTOS DA ALMA

RESTOS DA ALMA

Vejo a distância
Entre o amor e as pessoas
Vejo a alma raquítica
Precisando ser amada.
Alma paralítica
Cambaleando no pó da estrada.
Vejo homens toscos
Sem coragem
SEM vontade.
Preferindo servir a guerra
Do que amar a Terra
Envenenando o amor
Que corre nas veias do ar
E que desenha monstros
Embaixo das estrelas.
Vejo o tédio
Sobreposto a paixão
Nenhum olho brilha
E o coração é só um autômoto
Preso a um corpo
Tecidos em parafusos.
Corpo carente
Corações necessitados
Que já nem gritam mais pela liberdade
Porque todos estão presos
Em si mesmos...pobre homem!!!