A melhor forma de provar
que ainda me importo
é suportar o peso
do mal que eu mesma causei.
Não me perpetuar no fracasso,
mas entender o fôlego da vida
essa sede que arde
mesmo quando o gosto é de cinza.
Detesto os sermões vazios
sobre \" pragmatismo valor da existência\"
enquanto meus próprios ossos
ainda sangram de escolhas
Certas ou erradas.
Devo a mim mesma
ser mais alta que minhas quedas
E isso só se constrói
respirando,
sangrando,
existindo.
Minha reparação é esta
encarar o desconforto,
vestir a vergonha como pele,
assumir cada fratura
que essas minhas próprias mãos causaram.
Me importo
e por isso
permaneço.