Ema Machado

Remendos…

Remendos…

Ema Machado 



Quando há chagas abertas 

A alma ferida é inquieta 

Anseia a cura 

E o ser, torna-se volúvel 

Qualquer sorriso é abrigo 

Qualquer abraço, indissolúvel

 

Quando o coração sangra 

Não há remédio, 

Deita-se no primeiro ombro 

Breve momento, seguido de acréscimo 

 

Quando o peso da decepção assola

Ergue o ego dolorido, grita e esfola 

Requer recompensa, pela perda da história 

 

A sucessão de erros, agora é glória 

E a alma calejada, já não se importa 

O amor se torna a conquista, de horas…