Há uma prisão em brasas
Guardando meu coração
De noite ela se fecha em barras
A proteger-me da escuridão
De dia, se abre em asas
Voando na amplidão
E todo meu ser extravasa
De dentro da solidão
E assim, com uma volúpia calma
Chuva urgente, caindo em palmas
Como uma alegria aquecendo o frio
Para que eu possa sentir, sem traumas
O amor que aguardava o cio
Para fecundar a minha alma.
Antonio Olivio