Amo, o romper d’aurora
Quando a terra envolta em densa névoa
Anuncia o dia, desperta lá fora
Se prepara para a corrida das horas
Cheiro de café já invade as ruas
Tem quem o saboreia sentado
Quem o tome em pé, e se tortura
Cheira a café forte, também açucarado
Espreguiça a fumaça na chaminé
Passarinhos saltitam em volta da mesa
Na igreja saltita e badala o sino da fé
Chama o povo de pouca fé e muita reza
Amo a vida, que a mim se descortina
Em infinitas cores, aromas e sabores
Abro olhos antigos de alma menina
Abro o coração repleto de amores
Amo a sinfonia dos dias
Amar, sempre será minha sina