Stefe

apague este cigarro pra mim,

hoje eu não fumo mais.

fantasiei futuros dançantes, na dança que você e eu não sabemos os passos.

no ir e vir, dedico-lhe o barbante, entre sua mão trêmula e meu coração em sua outra ponta.

somos tão indecifráveis que, ainda assim, intensamente mergulhamos.

você vertigem, eu parasita.

mas ambos se completam como murro em ponta de faca,

como fantasma em corredor assombrado.

e ainda pior, bem mais aterrorizante:

como quem por fora se odeia, mas por dentro 

se ama.