Lobato Antunes

A Voz do SilĂȘncio

O eco abrange-se, o medo aumenta

A respiração diminui e os passos aumentam

Cada vez mais perto, cada vez mais alto

Os arrepios apresentam-se, a paralisia começa

 

As flores nascem, o sol desaparece

O cheiro contaminado a rodear

O que a vista não alcança

E o silêncio se permanece

 

A solidão se repete

Como um ciclo da vida

O choro continua

Mas a vida não

 

Segue-se em frente

Como se nada fosse

Talvez um dia tudo mude

Para o bem da alma