Ô ciel ! je vous revois, madame,
De tous les amours de mon âme
Vous le plus tendre et le premier.
Vous souvient-il de notre histoire ?
Moi, j\'en ai gardé la mémoire :
C\'était, je crois, l\'été dernier.
— Alfred de Musset
Recordações tantas de um amor
Vem e voltam a invadir a mente,
Um abraço, um aperto, um suspiro
Um adeus... uma lágrima demente!
Loucuras tantas, um velho amor,
A confidente de um doce mistério,
De tantos sublimes momentos,
As proibidas cores do vil adultério!
Um sorriso, um olhar, uma noite...
Lábios vibrantes, e visões tamanhas,
Delírios tantos e doces carícias
Suaves como brisa nas montanhas!
Foi com ela... num amor tão ilícito,
Que nasceu uma primavera de flores,
Que fez desabrochar a mais linda rosa
Nos suspiros de nossos amores!
Recordações tantas de um amor,
Um realizado sonho de uma fantasia,
Que um lânguido olhar voluptuoso
Fez nascer como aurora de um belo dia!