Eu olhei fundo demais pro abismo —
E nele eu perdi meu instinto —
Me senti, engolindo minha própria alma —
Torcendo para não ser devorada —
Tentei desviar o olhar — Mas para onde eu olhava, em qualquer lugar — Ali ele estava —
O abismo seguia como um predador —
Sua caça não terminaria enquanto não me devorasse em dever de sua fúria primitiva —
Talvez foi erro meu olhar fundo demais —
Como se eu tivesse pedido por isso — Sabendo o que fosse acontecer —
Me perdendo nesse ciclo infinito.