sobre o terror dos seus olhos,
escrever sobre o amor e o ódio
eu quero histórias de fantasmas ao dia,
recordar a melancolia em forma de poesia.
eu quero calçar os mesmos sapatos velhos
do menino da esquina e dançar à noite
feito homem abraçando a menina
lentamente repousar nos livros adocicados
no abrir de seus lábios
me cantando sinfonias de dormir.
eu quero nascer de novo
feito ave e voar
nas bancas de jornais,
entoar o meu canto simbólico
na minha história de contar,
que eu nasci já com a ideia de poder te escrever
cartas e amar sem cobrar
essa vontade insana de titular
meu destino como
escritor.