Eu tinha um jardim
onde plantava rosas,
e a minha roseira mais bela
veio a murchar,
mesmo com todos os meus cuidados.
Tomada pela raiva,
arranquei todas as pétalas,
tirei toda a esperança do jardim,
cobri o lugar com cimento,
para que mais nada crescesse.
Depois de muito tempo
sem ver o jardim,
envergonhada pelo que fiz,
tomei coragem e fui observar.
O que era pra ser tão lindo... foi destruído.
Ao analisar o que eu havia feito,
o arrependimento me encontrou.
Deitava aos prantos,
diariamente, onde antes era cor,
para regar com a minha dor.
Com o rosto afogado em sofrimento,
onde já havia semeado amor,
me encontrava sempre como feto,
envolta no ventre sem cor.
O tempo passou,
o chão rachou,
e a rosa que um dia murchou
cresceu... e floresceu,
estava ali, diante de mim.
Vou tratá-la como o recomeço.
Que eu não cometa o mesmo erro.