Fabricio Zigante

AO POETA (ÁLVARES DE AZEVEDO)

Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
 A sombra de uma cruz, e escrevam nela:
— Foi poeta, sonhou e amou na vida.

— Álvares de Azevedo


Imortalizado em versos tantos
Jamais se cala a voz do poeta,
São eternas suas belíssimas artes
O som de sua lira nunca se aquieta.

 

O seu talento jamais será esquecido,
Sua voz, risonha, chorosa ou grave
Voa percorrendo todas as gerações 
Pelo mundo como uma imortal ave.

 

É coroado com dourados louros
Mais perfumados que celeste flor,
Será lembrado pela eternidade
Pelos seus admiradores com amor.

 

Seus poemas, sua luminosa arte
São brilhantes pérolas da humanidade,
Suas douradas letras sobre alvas folhas
Brilham como um sol da eternidade.

 

As tuas obras te consagraram, ó poeta,
A Lira dos Vinte Anos nunca envelhece,
As gerações em pé muito te aplaudem,
O ávido leitor o teu nome não esquece.

 

As tuas obras são grinaldas douradas,
São de amor, de paixão e segredo,
Tamanha fora tua preciosa genialidade
Ó eterno poeta Álvares de Azevedo!