Tô com um verso entalado na garganta,
esse tal que a caneta não traduz,
que o alfabeto não pode formar.
Desejaria compor
e deixar a rima rolar;
desse modo, tiraria o sufoco do peito,
respiraria direito
e não sentiria tamanha agonia
de não ter as palavras certas.
Morrer de versos entalados é a pior morte para um poeta.