Expectativas são caminhos desenhados
por mãos ansiosas,
em mapas que só existem
dentro da gente.
Elas nascem do desejo
de controlar o imprevisível,
de vestir o mundo
com as cores que queremos ver.
Mas o outro —
seja quem for —
não veio ao mundo
para cumprir o papel
que escrevemos em silêncio.
É injusto cobrar que o real
se curve às nossas idealizações.
A frustração, então,
não mora na falta do outro,
mas na fantasia
que criamos sobre ele.
Talvez o segredo esteja
em aprender a observar,
em deixar que as coisas
sejam como são,
e ainda assim, encontrar beleza.