SONETO DA DÚVIDA ETERNA
Queres saber de mim... Que faço agora,
Onde estou e se penso em ti, também;
Dos versos meus, me indagas donde vêm;
Se deste instante ou d!um instante d!outrora!
Na dúvida, que dentro d!alma aflora,
Te perguntas – bem sei - Serão pra quem?
-Terá o amor do bardo outra refém?
Que sofrimento a mente te assenhora!
Por que sofres assim inutilmente?
As memórias que trago em minha mente
Serão tuas, hoje, agora e em qualquer dia!
Pois que são, embora nossa distância,
Cá dentro de minh\'alma com constância,
Doces lembranças de tua companhia!