Os equívocos também merecem uma ode,
Considerando que costuram tantos destinos...
Meus erros são mundanos, jamais divinos
E é a loteria do caos que os sacode.
Fiquei a cismar a vida, num pasto, feito um bode.
E ela passou rápido, sem movimentos finos,
Com brutalidade, com cacofonia de sinos,
Pois errôneo é tudo o que se faz e pode...
Eu nunca terei conserto e redenção.
Eu pensei demais e isso trouxe intoxicação
Das ideias sobre as coisas e o mundo...
Trilhei e insisti em seguir o caminho errado.
E hoje, internamente sozinho e abandonado,
Fiz do engano meu oráculo mais profundo...