... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol

REZA (soneto)

Eu vi a solidão... Escura e fria

Que no sentimento a sós ficara

E qual o motivo a sorte ignara

Não sei, sei que dói na poesia

 

Se mais sentia, mais dor escorria

Nos versos com desditosa cara

Cheio de sofrer, poetando para

Cada pesar, que a saudade trazia

 

O verso fluía e o choro chorava

Pudera neste folhetim literário

Ter prazer que a dita ignorava

 

Ah! como pudera! Sou sem sentido

Nem mesmo as súplicas no rosário

Me deu zelo pra que fosse querido.

 

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

21 abril, 2025, 17’26” – Araguari, MG

*dia da morte do Papa Francisco

 

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)

Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol - poeta do cerrado