Desculpa o excesso de poesias.
Desculpa por falar só sobre você.
Você me acalma e me inspira,
e, nesses versos,
me esvazio quando estou de saco cheio.
E, nos meus dias tão vazios,
eu preencho com as memórias do passado.
Na minha vida medíocre e sem graça,
eu me lembro que já fui até notada.
E você, tão iluminada, me notou —
logo eu, que sempre fui escuridão.
Sempre, desde o primeiro dia, foi amor,
mas dói saber que hoje não sou nem lembrança,
nem decepção.