Na mesa do cotidiano
Onde o destino se escreve,
A escolha que o homem deve
Fazer com zelo campiano
Evitar o desengano
Dos embutidos traidores,
Que nos causa ocultas dores
Com os seus nitratos vis.
Quem tem saúde é feliz,
Colhe do corpo os primores.
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Carne vermelha em excesso
É como adaga escondida,
Que nos vai minando a vida
Em silencioso processo.
O frito, gordo e espesso,
Que agrada o paladar,
É veneno a se infiltrar
Nas veias do campesino.
Mudemos nosso destino
Antes da dor nos chegar.
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O natural é remédio
Que a natureza nos deu,
É presente que desceu
De Deus com divino assédio.
Entre o bem-estar e\'o tédio,
Escolhe o fruto da terra,
Pois nele jamais se encerra
O mal que o homem fabrica.
A prevenção fortifica,
O descuido só nos ferra.
Buenas tchê, Dr. Francisco Mello.