Nasceu entre palhas, silêncio e estrelas,
um Cordeiro manso, de olhar sem defesa.
Veio sem trono, coroa ou espada,
mas com mãos que curavam e alma quebrada.
Caminhou entre nós — poeira e ferida —
abraçando a cruz como quem ama a vida.
Calou-se no escárnio, perdoou na dor,
sangrou sem vingança, chorou com amor.
Mas o véu se rasgou, a pedra rolou,
e o céu inteiro, em fogo, rugiu: “Ele ressuscitou!”
O silêncio do túmulo virou proclamação:
o Cordeiro venceu, surgiu como Leão.
Agora Ele vem, não mais escondido,
mas Rei dos reis, Senhor revestido
de glória, justiça e olhos em chama —
aquele que ama, mas também clama.
Cordeiro imolado, Leão triunfante,
o mesmo Jesus — terno e vibrante.
O que foi quebrado, agora levanta,
e em cada ferida, uma luz nos alcança.
19 abr 2025 (11:23)