O ruído expulsa o silêncio
na demolição da convicção.
Farsante, impõe seu ofício,
sem dó ou sofreguidão.
As notas parecem desconexas,
mas interagem com insanidade,
desconstruindo frases perplexas,
no ritmo da sua necessidade.
Disputar a realidade com iniquidades
torna-se desafio retórico,
pois, fatos já não calam inverdades
e sinceridade não convence o egoico.
Mas, em momento de impoluta emoção,
silenciosamente a verdade renasce,
carreada pela convicção e determinação.
Sem dúvida ou mágoa, não aquiesce.
Enfim, tão autêntica quanto sensível,
floresce, com sua certeza de ser.
Expondo-se como artífice impossível,
na árdua missão de convencer.