Em lençóis de paz me deito,
e o Senhor meu sono guarda,
qual luzes no infinito.
O colchão, terra boa sob meus passos,
acolhe a fadiga.
A almofada, seio materno,
onde a alma não encontra rejeição.
E o cobertor, manto do Altíssimo,
protege os justos, os que na sombra andam,
mas não temem a noite.
Se a distância aparta mil,
se dez mil já se foram,
meu amor em prece os encontra,
suave brisa da noite.
Pois quem ama, em silêncio ama,
e o coração não conhece fronteiras.
Boa noite, ó almas queridas.
Que a serenidade vos envolva em seu véu,
e o anjo do sono vos traga em sonhos
visões de paz profunda.
Grande é o repouso de quem confia.