Ao Sinédrio vil corre o Iscariotes,
Por vis moedas, trinta, a prata impura,
Vender o Mestre à fúnebre amargura,
Enquanto a Ceia inicia os seus motes.
Jesus prediz, quebrando os santos lotes,
\"Um dentre vós\" - revela à grei que chora -
\"Há de entregar-Me à noite aterradora\";
O Filho vai, conforme os Seus transportes.
Suspira a turba, em dor que a alma invade:
\"Serei eu, Mestre?\" - ecoa a voz tremente,
Silêncio acusa oculta falsidade.
Mas Judas finda: \"Rabi?\", vil consente
Com a pergunta que a treva já persuade.
\"Tu o disseste...\"- E a Noite cai, presente.