A vida, frágil, oculta-se em um baú de vidro,
onde o passado se desenha, o grito preso na garganta.
Papéis e fotos envelhecem,
revivem tempos guardados nas sombras da memória.
Onde estão as palavras que poderiam dar voz a este instante?
Quais delas, silenciadas pelo pó da transparência,
se envergonham dos erros e mágoas que antes fluíam em preto e branco?
Já não sabes viver da antiga forma,
de tanto ser, agora não és mais… ecoa dentro de ti,
um grito mudo, por quê?
O que queres dizer soa distante,
enquanto as mãos seguram o calendário de outros tempos.
Agora, nada é como o recente medo, o abuso e o absurdo: a vida avança,
muros se erguem entre mundos distantes,
e o esquecimento é o novo moderno.
Mas onde estão as palavras que poderiam traduzir esse momento?
16 abr 2025 (13:33)