Bisneto Amaral

Poema Não Sei de Quem ou Que

Passarei à tinta negra os votos que te fiz,
pois tu não sabes como é doído a minha caneta
que tanto escreve.

Fizeste de ti mesma uma dificuldade ambulante,
que sabe o que quer, mas ao mesmo tempo não sabe.
Sua, de mais ninguém! Apenas sua essa alma confusa.

Deixo enterrado o que há muito tempo já morreu humilhado...
Como algo que não tem valor algum, sou, então, o inferno
que o próprio diabo criou e morou; e tu, queimas em mim.

Mas nem tudo é coração em chamas; minha paixão pueril -
Mesquinhes minha! Como poderei julgar o credo de um amor
que se esconde sob um véu?