Andei ontem por aquela rua
onde o vento aveludado soprava nosso rosto
Hoje, passei na mesma rua
e o vento já não sopra, se ouve apenas o som das folhas seca caindo.
Aquele abraço, por detrás das árvores, hoje se esconde.
O mesmo caminho que caminhávamos
está lá; mas tão logo, não estamos lá
sentados, deitados na grama, olhando o céu
que se veste de renda.
Este caminho mudou
tudo se desviou, na mesma intensidade que chegou.
Hoje, o céu está preto, numa sensação sombria,
e o mesmo caminho, aquele que andavámos de mãos dadas
está, vago de direção.
O vento, não se despede, ele desaparece, que machuca.
As sensações que restam, se ainda restam; riem chorando
continuo andando, atravessando essa nuvem negra
que insiste em cobrir o céu!
Estou seguindo, provida de tentativas, a puxar as cortinas do céu
ainda assim, tudo esta solto, insistente a cobrir o céu.
Hoje estou em cinzas,
restou cinzas, deste ser sobrevivido
vivido de uma noite ruivante, dolorida.