A morte trágica de uma arte não inaugurada.
Nas palavras que jamais se escrevem,
e sangram caladas.
Nas veias, rascunhos de despedida.
Na ponte, meu último resquício.
O choro mudo.
não pesa no papel,
mas afoga por dentro.
Nas manhãs cinzas,
Onde os pensamentos que só visitam quem
não é ouvido?
O que seria de mim
sem meu grito?
Quando chegou o fim,
Conheci os versos,
e neles,
um fio de luz torcendo pela vida.
Transbordei o veneno.
Envenenei o vazio, escrevi o sofrimento.
Emancipei pesadelos,
Talvez a vida teria sentido para um artista...
E a poesia salva vidas!