joaquim cesario de mello

A CASCA DO OVO

 

Quando arrebentar as paredes da memória

ultrapassar as balizas a que fui confinado

escapar da morfologia subjetiva da minha objetividade

me desapegar das doutrinas que me catequizaram

e deixar de lado as aparências das velhas fachadas

vou respirar o ar puro que até então me foi sonegado

e conhecer o vizinho que existe por detrás de mim

 

É no romper da casca

que se conhece a gema do ovo